Concerto a quatro mãos, Paulo Viegas

De ferias por fim :D
E para começar este meu descanso vim aqui falar-vos de um livro que a Chiado Editora me enviou, por causa da parceria. Não sei se alguém o conhece ou já leu, mas vim aqui escrever-vos para ficarem a conhecer mais um livro interessante desta fantástica parcerias, Concerto a quatro mãos, de Paulo Viegas.

uuu
Rita uma promissora violinista desaparece quando se prepara para viajar para o Algarve, onde actuaria a primeira vez como solista. E a narração do desaparecimento e de todos os acontecimentos vão ser narrados a duas vozes. A do autor do crime, que nos conta o seu crime, o que faz para o ocultar e as suas motivações ao mesmo tempo que surge a narração das palavras que descrevem o sentimento de perda e a necessidade de saber o que aconteceu.
Ao longo do livro somos constantemente confrontados com dois pontos de vista diferentes, o de quem quer esconder ao máximo o facto de ter sido o responsável pelo crime, ao mesmo tempo que tenta culpar outra pessoa e o de quem sofre pela perda do amor da sua vida e que quer a todo o custo descobrir a verdade.
E se estas duas vozes fizessem parte de um mesmo? E se as zonas escuras da vida de um fossem as memorias do outro? E se um aparecesse quando o outro está apagado?
A verdade é mesmo essa, estás duas vozes são a mesma pessoa, o marido de Rita que tem em si "duas pessoas diferentes", uma que matou Rita, para que ela não sofresse e não se fosse embora, e outra que quer apenas a verdade sobre o que aconteceu a sua amada. Ao longo do tempo a parte"boa" apercebe-se que as suas falhas de memoria estão de volta e decide voltar ao seu antigo terapeuta, que lhe receita novamente a medicação necessária para que ele "seja apenas ele".
No fim, devido a medicação o criminoso "desaparece" e por isso sai impune do seu crime, enquanto na cadeia o homem que tentou culpar se suicida.
io'i
Tenho que vos dizer que todos aqueles que gostam de jogos psicológicos e de tentar perceber a mente humana tem que ler este livro. Um fantástico livro que nos leva a pensar: como será estar na posição dele, ser o criminoso e ao mesmo tempo a pessoa que mais sofre pela morte da amada?
Aconselho a 100%, e porque não uma ideia para oferecer como presente de Natal?

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