A Vida é Madrasta

Este é o primeiro romance da autora Amélia da Silva. Conta-nos a historia de Toié, uma mulher de força, do seu filho, e das suas lutas pela liberdade. E da-nos também a conhecer a cultura Manjaca, etnia a qual pertence a autora.Dentro desta cultura o poder exercido pelos homens sobre as mulheres ainda é bastante marcado, sendo que estas não têm permissão de exercer um papel ativo, ficando restritas sempre a decisões masculinas. Por exemplo, podem ter o futuro marido escolhido desde o momento em que nascem.
A história nasceu dos exercícios de escrita feitos pela autora, sob coordenação do realizador guineense Flora Gomes, com quem ela iniciou a carreira de atriz, em 1991. A considerar a variação étnica do país, ele fazia com que os atores e atrizes lessem textos em voz alta, como forma de melhorar a dicção. Estimulados pela leitura, os participantes começaram também a escrever sobre o seu cotidiano, que culminou, no caso de Amália, em um romance.

Sinopse:
“— Eu nunca te envergonhei, meu pai, simplesmente não quero casar com o homem que tu desejas muito, mas isso é normal, não tem mal nenhum, como também é muito normal uma pessoa casar com um homem que ama e que deseja!

— Estás louca!... Mas juro-te, por esta lua no alto do céu que está a iluminar-nos e a ouvir o teu disparate, que se voltares a envergonhar-me te irás arrepender!

— É injusto forçares-me a casar com um homem pelo qual não tenho a mínima simpatia e também penso que é absurda essa ideia que tens dos irãs."



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