Sugestões Saída de Emergência

Vocês sabem que eu adoro livros protagonizados por mulheres. Livros em que somos representadas como merecemos, em que temos liberdade para contar as nossas historias, livros que são um hino a todas aquelas que lutaram pelos nossos direitos. 

Nada contra os homens, mas a verdade é que a nossa luta têm sido intensa. Durante muito tempo não podíamos pensar, estudar, ler, escrever... E infelizmente ainda existem muitas mulheres no mundo que continuam a ser altamente castradas e impedidas de ser livres. E por essa razão, de cada vez que um livro é escrito por uma mulher, para mim é uma vitoria. Porque durante anos, nem sequer podíamos ousar escrever, e muito menos, escrever sobre o que quiséssemos. 

Tendo em conta tudo isto, hoje vou deixar algumas sugestões de livros que quero muito ler em 2021. Todos da Saída de Emergência, uma editora que aposta em mulheres, e em historias sobre mulheres. 


Isto Nunca Aconteceu 

Uma obra‑prima banida. Duas espias. Um livro que transformou a História.
1956. Boris Pasternak está a escrever Doutor Jivago, um livro controverso capaz de provocar dissensão na União Soviética. Com medo do seu poder subversivo, os soviéticos censuram‑no e proíbem a sua publicação. Mas isso não impede que no resto do mundo a obra se transforme num bestseller… e numa possível sentença de morte para o autor.
A CIA está atenta aos acontecimentos e planeia utilizar o livro para influenciar a Guerra Fria a seu favor. Contudo, os agentes destinados a esta missão não são os espiões tradicionais. Duas secretárias — a charmosa e experiente Sally e a talentosa e novata Irina — são encarregadas da missão das suas vidas: devolver clandestinamente Doutor Jivago à URSS e utilizá‑lo como arma de propaganda.
No entanto, esta não será uma missão fácil. Há pessoas dispostas a morrer por este livro — e agentes prontos a matar por ele. De Moscovo a Washington, de Paris a Milão, Isto Nunca Aconteceu retrata um momento único na história da literatura — contado com emoção e detalhes históricos cativantes. E no coração deste romance inesquecível está a poderosa convicção de que o poder da palavra escrita pode transformar o mundo.


Uma Viagem Difícil 


Ela nunca quis ter um teste negativo… até agora
Veronica tem 17 anos e é uma aluna excelente com um futuro promissor… até ter nas suas mãos um teste de gravidez com duas linhas cor‑de‑rosa. Com todos os seus planos a desmoronarem, equaciona algo impensável: fazer um aborto. Mas há um problema: a clínica mais próxima fica a 1500 quilómetros e Veronica não tem carro. Desesperada, recorre à única pessoa que sabe que não a vai julgar: Bailey Butler, a rebelde da escola e a sua ex‑melhor amiga.
O plano é simples: catorze horas de viagem até à clínica, três horas para a intervenção e catorze horas de regresso. O que poderá correr mal? Tudo, se pensarmos em três dias de carros roubados, caçadeiras e ex‑namorados histéricos. Pior: a dor de uma amizade desfeita está demasiado presente e quando uma discussão leva a um brutal momento de verdade entre elas, Bailey abandona Veronica.
E então a jovem terá de arriscar tudo — a sua hipótese de fazer o aborto, as suas esperanças e sonhos para o futuro — para reparar a dor que causou. É que ela já percebeu que o caminho para a vida adulta é duro… mas bem mais fácil quando se tem uma amiga ao lado.

Uma Vida Adiada 

Um livro envolvente, em que memórias vívidas e detalhadas se entrelaçam com a narrativa de um dos períodos mais traumáticos da História
Nascida em Praga em 1929 no seio de uma família judaica, Dita Kraus viveu durante um dos períodos mais turbulentos do século xx. Neste livro ela relata com impressionante clareza os horrores e as alegrias de uma vida adiada pelo Holocausto: das suas primeiras memórias e amigos de infância em Praga antes da guerra, à ocupação nazi que a enviou a ela e à sua família para o gueto judaico de Terezín, ao medo inimaginável da sua detenção em Auschwitz e Bergen-Belsen, e à vida depois da libertação.
Dita escreve com rigor sobre as difíceis condições dos campos, sobre o seu papel como guardiã da mais pequena biblioteca do mundo e sobre o papel fundamental que os livros tiveram como escape da realidade. E vai além do Holocausto, apresentando a vida que reconstruiu depois da guerra: o seu casamento com o sobrevivente Otto B. Kraus, a nova vida em Israel e a maternidade.
Esta é a verdadeira história da bibliotecária de Auschwitz contada pela sua protagonista.

Positivo 

A história inspiradora de uma adolescente seropositiva que tem de enfrentar medos e a aceitação radical de si mesma quando experiencia a paixão pela primeira vez.
Simone está a começar do zero numa nova escola e desta vez as coisas serão diferentes. Está a fazer bons amigos e a escrever uma peça para Miles, o rapaz que a faz derreter sempre que o vê. A coisa que menos deseja é que se saiba que ela é seropositiva, porque da última vez... Bem, da última vez as coisas ficaram feias.
Manter a sua carga viral sob controlo é fácil, mas preservar o segredo do seu diagnóstico não é tão simples. À medida que Simone e Miles começam a avançar na sua relação – com beijos tímidos a evoluir para algo mais –, ela sente uma inquietação que é mais do que borboletas na barriga. Ela sabe que tem de lhe contar que é seropositiva, mas está apavorada com a forma como ele poderá reagir. Até que encontra um bilhete anónimo no seu cacifo: Sei que tens VIH. Tens até ao Dia de Ação de Graças para deixar o Miles. Ou toda a gente vai ficar a saber.
O primeiro instinto de Simone é proteger o seu segredo a todo o custo, mas quando vai descobrindo os medos e preconceitos na sua comunidade, começa a perguntar-se se a única forma de os superar não será enfrentando os inimigos de cabeça erguida...

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