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April (Sofia Carson) é uma jovem bailarina que após fracassar na Brodway, regressa a sua terra natal, para voltar a viver com o pai. Quando chega é recebida com muito amor e afeto, por todos aqueles que ela "se esqueceu" ao longo de anos. Inclusive é convidada para dar aulas na escola onde aprendeu a dançar, algo que recusa inicialmente, mas acaba por aceitar ao perceber que essa pode ser a oportunidade que precisava para chegar a onde quer. 
Sofia Carson (April)

Para atingir o seu objetivo de actuar em frente a um dos grandes nomes da Brodway, aceita treinar um conjunto de  meninas muito especiais. Algo muito interessante é a representatividade que esta presente de forma tão natural neste grupo, que em vez do tipo conjunto de meninas brancas e magras, apostou num grupo heterogéneo, recheado de características únicas e representativas de diversos grupos. Inclusive existe uma menina surda, que traz uma dimensão ainda mais especial a dança e aos números que vão construir. Uma curiosidade interessante é que a atriz é surda na realidade, o que mais uma vez mostra a aposta cada vez maior na diversidade e na aceitação das características que antes eram sinónimo de exclusão. Ainda estamos longe do ideal, no que diz respeito a integração, mas acredito que filmes e produções como esta fazem a diferença, e ajudam a travar o longo camino que nos falta. 

Algo que também é muito bonito é a forma como os pais estão presentes. Aqui não são apenas as mulheres, as mães que apoiam e ajudam as filhas. Neste filme ate o treinador participa, e fica super orgulhoso dos seus filhos dançarem, sejam meninos ou meninas. 
April inicialmente esta motiva por razões puramente egocêntricas e egoístas, contudo, acaba por se tornar um processo de auto-descoberta, que lhe permite construir uma família e um nicho de amor e equilíbrio.
Ao longo da trama assistimos também ao renascimento do seu primeiro amor, que apesar de não ser o foco do filme, nos da alguns momentos muito fofos.  
Um clichê? sim. Uma historia recheada de lugares comuns? Sim. Mas quem disse que os filmes tem de ser todos obras de arte esplêndidas e super originais? As vezes um filme leve, alegre e recheado de afeto é tudo o que precisamos.
É um daqueles filmes que nos aquece o coração, que nos faz sentir em casa, e ate mesmo relembrar a infância e os domingos passados no sofá em família. Eu sou suspeita, pois sou amante de dança e de todos os filmes que abordem este tema, mas sem duvida que recomendo. 
Deixo-vos o meu momento preferido deste filme, o momento em que as lagrimas tiveram de escorrer. Porque para mim a dança é uma linguagem universal, é a linguagem da alma. 



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