Tempestade de Guerra, Parte 2

Hoje venho-vos falar do ultimo livro da coleção A Rainha Vermelha. Mas antes de tudo queria pedir desculpa pela demora, mas a minha saude não tem colaborado. Mas aqui vamos nós ao que interessa.
Como sabem eu sou uma grande fa desta coleção. Des do primeiro livro que eu fiquei apaixonada, pelas personagens, pelo enredo, pela dinâmica, pela forma como a historia nos prende ate a ultima pagina.  

Em Portugal o ultimo livro, Tempestade de Guerra, foi dividido em duas partes, e por isso aconselho a lerem os dois últimos livros seguidos como se tivessem a ler apenas um livro (porque na verdade é apenas um livro).
Para quem esta meio perdido estão aqui os links do outros livros, para ficarem um pouco mais dentro deste universo e da minha opnião sobre cada um dos livros. O primeiro, Rainha vermelha (aqui), Espada de vidro (aqui), a Jaula do Rei (aqui), e a Tempestade de Guerra, parte I (aqui).

O livro começa coma exploração só sofrimento das varias personagens, do peso das decisões e das escolhas. Do questionamento entre razão e emoção, coração e cérebro. A questão é, o que te guia, o que precisas para ser feliz? Quais os valores que tem mais peso para ti ? Queres o poder, ou queres ser feliz? Queres um trono, ou queres viver ao lado do amor da tua vida?
O livro explora ainda mais a Evageline, dando a conhecer as suas dores, os seus valores, as suas emoções. A verdade é que uma personagem que muitos odeiam no inicio, acaba por fazer o publico render-se. Com a sua força, a sua coragem. Ela simboliza a luta de muitas pessoas contra as pressões sociais, os estereótipos, contra os destinos marcados a nascença pelas familias. Ela mostra-nos a realidade de muitas pessoas, que vivem uma vida desenhada por outros para si, sem nunca terem a coragem de viver a sua verdadeira essência. 
Temos também Mare. Uma rapariga pobre, que veio do nada, e com a sua determinação conseguiu mudar a historia da humanidade (sim, eu vivo intensamente os enredos). Foi constantemente magoada, rebaixada, feita prisioneira e mutilada, apaixonou-se e partiram-lhe o coração das formas mais cruéis, perdeu muitas das pessoas que mais amava, quase se perdeu de si e por pouco não perdia a vida diversas vezes. E no fim... fez algo que por um lado nos vais deixar com vontade de chorar , principalmente para os eternos românticos. Mas que eu entendo. Ela escolheu respeitar-se, escolheu cuidar-se, escolheu reconstruir-se, reconectar-se, redescobrir-se. Porque quando passamos por tantas mudanças precisamos de um tempo sozinhos, precisamos de perceber quem éramos e em quem nos tronamos, precisamos de curar feridas e de estabelecer novos objetivos. E ela soube respeitar-se e dar prioridade a si mesma pela primeira vez. E isso é amadurecer.
Podia continuar a descrever personagens fortes, com uma evolução gigante des do primeiro livro. Mas acho que devo deixar essa descoberta para vocês. Peguem nesta coleção e devorem-na. Olhem para ela como um reflexo da nossa sociedade. Das desigualdades, das elites, do racismo, do preconceito, da pobreza, da falta de evolução. Olhem para esta utopia, com olhos de ver. Estas personagens representam pessoas reais, representam padrões de comportamento tão vincados na nossa sociedade. Os lideres sedentos de poder, as elites que usam os menos favorecido a seu proveito, as minorias sem voz, a falta de força de quem sempre foi escravo do berço em que nasceu, os pais que tentam decidir o caminho dos filhos, sem os deixarem descobrir o mundo, as guerras que levam milhares de vidas e destroem familias, crianças que nunca conhecem os pais que morreram em guerras que não eram suas, pais que perdem os filhos todos os dias , filhos que lutam por um mundo melhor, vozes que se tentam fazer ouvir, para colocar fim a verdades universais que não respeitam as particularidades de todos os seres humanos.
esta na hora de todos nós ganhar-mos voz, de todos nos sermos agentes de mudança, de todos nós lutarmos por um mundo melhor. Porque esta é a nossa casa, e se não a mudar-mos, somos nós que vamos morrer sufocados quando tudo colapsar. 



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